Os guardas prisionais da Guiné-Bissau iniciaram hoje uma greve de cinco dias para reivindicar melhor enquadramento legal da profissão e ainda melhoria de condições nos centros de detenção, afirmou o presidente do sindicato da classe, Iazaldo da Silva.
Desde 2011 que os guardas dos três centros de detenção da Guiné-Bissau (Bandim, Mansoa e Bafatá) estão a exigir aos sucessivos governos que a sua nomeação seja publicada no Boletim Oficial (equivalente ao Diário da República), mas sem sucesso, precisou o sindicalista.
Iazaldo da Silva adiantou ainda que a greve é uma forma de reivindicar os mesmos salários que recebem os auxiliares de justiça.
Durante os cinco dias de greve, entre segunda e sexta-feira, os três centros prisionais que albergam, no total, cerca de 200 reclusos, terão, cada um, dois guardas para garantir os serviços mínimos.
Iazaldo da Silva precisou também que a greve "serve como chamada de atenção" do Governo "pelas péssimas condições" nos três centros penitenciários, onde, disse, os presos dormem no soalho, tomam banho, às vezes, com água apanhada no poço pelos próprios guardas prisionais, enfatizou.
O responsável destacou ainda que os guardas estão sem fardamento adequado e que os três centros não têm as condições de segurança exigidas, nomeadamente muro de vedação.
O sindicalista sublinhou que os guardas aceitam aquelas condições de trabalho "por amor à profissão", mas que de agora em diante querem "uma resposta clara" do Governo, com o qual estão a negociar as reivindicações, caso contrário, afirmou, a greve será mantida até ao fim.
Fonte: Lusa, em https://www.dn.pt
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Radio Sol Mansi, 08 Jan 2018 - Os Membros do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional acusaram, esta sexta-feira (05), o Ministro da justiça de estar a bloquear verbas destinadas ao serviço prisional.
Na conferência de imprensa, desta sexta-feira, Iazalde José da Silva, Presidente do Sindicato, disse que o actual ministro de justiça desrespeita o corpo de guarda prisional e conferência de imprensa demonstra o sofrimento e desprezo por parte da guarda prisionais, principalmente actual ministro.
Iazalde que diz que nenhuma prisão do país tem condições para receber pessoa humana lamentaram a falta de equipamentos e registo de dados de reclusos e visitantes.
Já o Secretario Nacional da Guarda Prisional, Demba Só, denuncia por sua vez que, o ministro bloqueio os fundos disponibilizados para as obras de requalificação de murro de vedação do estabelecimento prisional de Mansoa.
“O ministro é mestre de bloqueio. Fizeram um levantamento no centro prisional de Mansoa, no sentido de desbloquear dinheiro para as obras de requalificação de murro de vedação do estabelecimento prisional de Mansoa, o orçamento foi bloqueado justamente no Ministério e para o efeito de aquisição de fardamento”, acusa.
Para o Vice-Presidente, Domingos Crufa, o corpo do guarda prisional recebe cerca de quatro milhões mensalmente para os três centros de detenção e não10 milhões de francos.
Ele denunciou ainda os dez milhões de francos cfa que o ministro teria recebido.
O sindicato afirma ter recebido em cada mês cerca de quatro milhões de franco CFA em três centros de detenção.
Domingos diz que existe falta de iluminação, e pequeno-almoço e almoço são péssimos e, no entanto, pede a investigação por parte da Procuradoria-Geral da República.
Ministro nega acusações
Entretanto, o ministro da justiça afirma ter tentado, desde semana passada, um encontro com direção do referido sindicato mas sem sucesso.
No que refere as denúncias sobre a formação dos agentes da guarda prisionais no Brasil, Rui Sanha, diz que o convite por parte do Brasil sobre a formação em causa nunca foi feito formalmente.
O titular da pasta de justiça nega também ter algum envolvimento com o montante disponibilizado para alimentação destes agentes.
“Se tiverem prova do meu envolvimento então que tragam ao público”, desafia.
O sindicato ameaça paralisar, durante cinco dias “de 08 a 12” deste mês, todos os seus trabalhos para exigir do governo melhores condições laborais.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Bíbia Mariza Pereira