segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

PORTUGAL: RUI MACHETE CONFIANTE QUE GUINÉ-BISSAU REGRESSA À NORMALIDADE CONSTITUCIONAL APÓS ELEIÇÕES DE MARÇO

Chefe da diplomacia não abordou cimeira com Angola, afirmou-se disposta a trabalhar com Washington para o futuro da base das Lajes e destacou relações com Espanha.

Rui Machete

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros mostrou-se confiante esta segunda-feira que as eleições de 16 de Março a Guiné-Bissau permitam o regresso à normalidade constitucional.
O chefe da diplomacia portuguesa falava na sessão de abertura do tradicional Seminário Diplomático que, em Janeiro de cada ano, reúne em Lisboa os embaixadores e altos funcionários do MNE.
“A situação é preocupante, mas as eleições de 16 de Março deverão garantir o regresso à normalidade constitucional e a subordinação dos militares ao poder civil”, disse Machete. Em nenhum momento, o ministro se referiu ao caso dos 74 cidadãos sírios embarcados sob pressão em Bissau rumo a Lisboa, que levou a a TAP a suspender as ligações aéreas entre as duas capitais.

Rui Machete também não comentou as declarações de Fernando Vaz, ministro da Presidência da Guiné-Bissau, que de férias em Lisboa considerou "infantil" a reacção do Presidente da República Cavaco Silva ao incidente e classificou as palavras do titular da pasta dos Negócios Estrangeiros de Portugal como "infelizes".
Mas, de algum modo, Rui Machete abordou indirectamente a questão quando se referiu à situação no golfo da Guiné. Falou da pirataria, do tráfico de droga e de pessoas, e do terrorismo. E destacou que os grupos terroristas aproveitam as correntes migratórias clandestinas para a introdução, na Europa, de elementos radicais. Aquando da chegada dos 74 sírios a Lisboa esta foi, aliás, uma das preocupações dos serviços de segurança nacionais.Leia mais