Bissau 11 fev (Lusa) - O presidente do
Partido Manifesto do Povo, Faustino Imbali, divulgou hoje uma carta aberta
dirigida ao presidente de transição da Guiné-Bissau, em que se queixa de estar
a ser alvo de ameaças de morte e espancamento.
"Altos dirigentes do Partido
Manifesto do Povo estão a ser sistematicamente ameaçados de espancamento e
morte através de chamadas telefónicas, supostamente por agentes da defesa e
segurança de Estado", refere o documento.
A carta aberta pretende denunciar
"a campanha de ameaça e intimidação" enquanto o partido faz contactos
com a população em vários pontos do país, com vista às eleições gerais de 16 de
março.
Faustino Imbali explicou à agência Lusa
que as "ameaças verbais" foram testemunhadas por terceiros, já duram
há alguns meses e deverão ter motivações políticas.
O dirigente enviou a carta ao presidente
de transição, Serifo Nhamadjo, e ainda aos representantes das Nações Unidas,
União Africana e Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO),
pedindo uma investigação do caso.
O Partido Manifesto do Povo é um dos
pequenos partidos da Guiné-Bissau, nunca esteve representado no parlamento e
escolheu na última semana Faustino Imbali como candidato à presidência do país.
Imbali já foi ministro dos Negócios
Estrangeiros do Governo de transição, tendo sido saído na remodelação
governamental de maio de 2013, dando o lugar a Fernando Delfim da Silva.
Já foi primeiro-ministro e ministro dos
Negócios Estrangeiros sob a presidência de Kumba Iala, que depois o mandou
prender sob alegação de ter desviado dois milhões de dólares que a Nigéria
ofereceu ao país para apoiar os militares.
Esteve também detido durante cerca de
dois meses em 2009 acusado de envolvimento numa alegada tentativa de golpe de
Estado contra o então primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
Imbali é ainda investigador sénior no
Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa (INEP). Fonte: Aqui