sábado, 1 de fevereiro de 2014

DIVISÕES IMPEDEM INÍCIO DO OITAVO CONGRESSO DO PARTIDO HISTÓRICO DA GUINÉ-BISSAU


 
Bissau, 01 fev (Lusa) - Divisões internas estão a impedir o início do oitavo congresso do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), disse fonte partidária à agência Lusa em Cacheu, norte da Guiné-Bissau, local escolhido para o evento.

O arranque dos trabalhos estava marcado para quinta-feira, mas tem sido sucessivamente adiado.
Está previsto que o congresso junte 1.200 delegados durante vários dias para discutir os estatutos e escolher uma nova liderança, substituindo Carlos Gomes Júnior, primeiro-ministro deposto no golpe de Estado de abril de 2012 e que reside fora do país.

Augusto Olivais, secretário nacional do PAIGC, disse à agência Lusa que o partido pretende "limar todas as arestas" antes de iniciar a reunião do partido.

O mesmo responsável admite que o congresso possa arrancar hoje.

Nos estatutos em vigor, existe um secretário nacional com funções administrativas, sendo o presidente quem dirige o partido e encabeça a lista às eleições legislativas - cenário que o candidato Braima Camará quer manter.

Outra proposta defende que o PAIGC passe a ter um secretário-geral que seja cabeça-de-lista nas legislativas, passando o presidente a dedicar-se só ao partido - opção dos candidatos à presidência Carlos Correia e Satu Camará e de outros concorrentes à liderança que pretendem ocupar o cargo de secretário-geral: Domingos Simões Pereira, Aristides Ocante da Silva, Cipriano Cassamá e Daniel Gomes.

No entanto, o posicionamento de cada candidato a líder poderá depender do que vier a ser decidido sobre os estatutos, acrescentou outra fonte.

A Guiné-Bissau vai ter eleições gerais (legislativas e presidenciais) no dia 16 de março.

O PAIGC é a força política mais votada no parlamento da Guiné-Bissau, foi o movimento que organizou a luta pela independência na era colonial e não teve oposição até ser admitida a criação de outros partidos, em 1991. Lusa