Não
é exagero afirmar-se de que o partido de Cabral corre o risco de cindir-se. Há
muito que foi capturado pelo clientelismo político. Prática política que se
pode descrever como a relação “personalizada assimétrica” entre patrão e cliente,
na qual este último entrega seu voto em troca de certos bens ou favores. Nos
últimos tempos, esta suposta fortaleza política dos “libertadores” sob a
liderança de Carlos Gomes Júnior se deve, claramente, ao clientelismo político,
falta de ideologia e ao nepotismo imperante. Fatos, portanto, que visam um
certo culto de personalidade em torno do seu pseudolíder, nhu Carlitos. Falsas
promessas e prebendas individuais converteram-se, nos últimos tempos, em
prática partidária dos “camaradas” para conseguir votos. As lutas
internas que hoje debilitam o partido de Cabral derivam da permeabilidade à
corrupção das suas estruturas. Segundo noticiou ontem, a “Voz de América”,
perspetivam-se renhidas disputas políticas neste VIII Congresso, na cidade
velha de Cacheu. Circular muito dinheiro para caça aos votos, num ambiente de
muita desconfiança. Se ganhar o patrão teremos que conviver, mais uma vez, com “falsa
liderança”!