terça-feira, 20 de maio de 2014

LÍBIA: GRUPO JIHADISTA LÍBIO ADVERTE QUE RESPONDERÁ A QUALQUER ATAQUE


Tropoli - O grupo jihadista líbio Ansar Asharia advertiu nesta terça-feira que responderá a qualquer ataque do ex-general Khalifa Haftar(na foto), cujas tropas lançaram uma ofensiva contra os grupos islamitas da cidade de Benghazi (leste).

"A partir de agora o confronto para defender nossa cidade e nossa terra é inevitável", indicou o grupo, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos num comunicado.

Declarou que o ataque do ex-general era uma acção de "guerra contra (...) o islão apoiada pelo Ocidente e por seus aliados árabes".
"Vamos responder contra qualquer força que entre em nossa cidade ou a ataque, como fizemos com o comboio de Kadhafi e suas brigadas", acrescentou o grupo.

Refere-se às forças que o presidente deposto Muammar Kadhafi enviou a Benghazi em 2011 para sufocar a rebelião que havia começado uns dias antes.

O Ansar Asharia afirma que apoia o pedido dos habitantes de que haja mais segurança e estabilidade, mas ressalta que "tem que ser no âmbito da sharia (lei islâmica) e não da democracia e do laicismo".

O general Khalifa Haftar, cuja força paramilitar se autodenomina Exército Nacional Líbio, lançou na sexta-feira uma ofensiva contra os grupos islamitas de Benghazi que classifica de terroristas. Posteriormente se retirou da cidade, dizendo que a operação, baptizada de "Dignidade", prosseguirá.

Desde então, conseguiu se aliar com outros grupos como as Forças Especiais, uma unidade de elite do exército de Benghazi.
A Ansar Asharia é apontada como culpada de vários assassinatos e ataques contra os serviços de segurança em Benghazi.

Também se suspeita que esteja envolvida em atentados contra alvos ocidentais, como o de 11 de Setembro de 2012 contra o consulado americano de Benghazi no qual o embaixador e outras três pessoas morreram.
A Ansar Asharia (que significa partidários da lei islâmica em árabe) foi formada após a queda do regime de Muanmar Kadhafi.

Seu braço militar é composto por ex-rebeldes que combateram as tropas de Kadhafi em 2011.

Pretende que a sharia seja aplicada e não reconhece as instituições oficiais nem os serviços de segurança, considerados apóstatas. Fonte: Aqui