segunda-feira, 4 de maio de 2015

NIGÉRIA: MULHERES LIBERTADAS PELO BOKO HARAM FALAM DOS HORRORES DO CATIVEIRO

Várias mulheres que foram reféns nos últimos meses do Boko Haram, agora libertadas das florestas de Sambisa, contaram à Reuters os horrores que viveram em cativeiro.
 
Algumas mulheres foram apedrejadas até à morte à medida que o exército se aproximava dos esconderijos do grupo, contam. Não sabem precisar quantas terão morrido assim. E muitas foram espancadas quando se recusaram a fugir com os rebeldes, perante os avanços dos militares.
 
Trezentas mulheres (e crianças) foram resgatadas e levadas para campos de acolhimento do governo. Mas o exército terá salvo mais de 700 pessoas do cativeiro em Sambisa durante a semana passada, numa vasta ofensiva contra o grupo islamita.
 
Os horrores não ficam por aqui. As sobreviventes dizem que, quando foram raptadas, viram os rebeldes matarem homens e rapazes em frente às suas famílias, antes de levarem as mulheres e as crianças para a floresta. Depois, algumas das mulheres foram forçadas a casar. Nunca podiam sair do alcance dos rebeldes, contam à BBC – até na altura das necessidades, por exemplo, eram vigiadas.
 
«Não nos deixavam mover um centímetro», disse Asabe Umaru, uma sobrevivente, à Reuters. Uma outra mulher explicou que só tinham direito a alimentar-se uma vez ao dia. «Era-nos dado milho seco, à tarde. Não era próprio para consumo humano», lembra Cecilia Abel à agência noticiosa. Por esta razão, muitas ficaram malnutridas ou doentes, e algumas morreram.
 
«Todos os dias víamos morrer uma de nós. Esperávamos apenas pela nossa vez», contou Umaru, de 24 anos e mãe de duas crianças.
 
As mulheres e as crianças viajaram por três dias em carrinhas pick-up desde a floresta de Sambisa, de onde foram resgatadas, até ao campo de acolhimento, na cidade de Yola. Já se determinou que a maior parte delas é de Gumsuri. Aparentemente, não há entre as centenas de resgatadas alunas do liceu de Chibok. Fonte: Aqui