Ladislas Ntaganzwa, um dos nove acusados ainda procurados pelo Tribunal Penal Internacional para o Ruanda (TPIR), encarregado de julgar os responsáveis do genocídio de 1994, foi capturado na República Democrática do Congo (RDC), anunciou esta quinta-feira a estrutura das Nações Unidas que sucedeu ao TPIR.
Autarca de Nyakizu (sul do Ruanda) na época do genocídio, Ntaganzwa, 53 anos, é acusado de ter participado nos massacres de milhares de civis e nas violações de mulheres tutsis, no território da sua comuna. O seu caso foi transferido em maio de 2012 para a justiça ruandesa pelo TPIR.
«As autoridades da República Democrática do Congo detiveram (quarta-feira) um dos nove fugitivos procurados pelo TPIR», anunciou o Mecanismo para os Tribunais Internacionais das Nações Unidas (MTPI), estrutura encarregada de concluir os trabalhos do TPIR e do seu homólogo para a ex-Jugoslávia (TPIY) no final dos seus mandatos, e que tem a sua sede em Arusha (Tanzânia).
O procurador do Mecanismo, Hassan B. Jallow, «agradeceu às autoridades da RDC pela cooperação e instou-as a transferir o acusado para o Ruanda, a fim de ser julgado sem demora».
A ONU não precisou as circunstâncias da detenção de Ntaganzwa.
Segundo o ato de acusação do TPIR, Ladislas Ntaganzwa é acusado de «conspiração para a prática de genocídio, genocídio, cumplicidade em genocídio, incitação direta e pública à prática de genocídio e crimes contra a humanidade».
Uma recompensa de cinco milhões de dólares foi oferecida pela captura de Ntaganzwa e dos outros oito fugitivos: Félicien Kabuga, Augustin Bizimana, Protais Mpiranya, Fulgence Kayishema, Pheneas Munyarugarama, Aloys Ndimbati, Ryandikayo e Charles Sikubwabo. Fonte: Aqui