Por, Fernando Casimiro
Fonte: IBD
Se o conhecimento, através da Ciência, impõe a todos os
estudiosos, entre estudantes, investigadores e professores, a consulta, a
análise e a consequente interpretação e aprendizagem das referências pessoais
ou materiais, históricas, do passado, com a particularidade de, até aos dias de
hoje, os nomes dos génios inventores, filósofos, matemáticos, médicos,
geógrafos etc., etc., do passado continuarem a servir para a nossa
aprendizagem, porque razão na Guiné-Bissau se deveria propor ou sustentar uma
ruptura com o passado genial do simbolismo ímpar do conhecimento e da
sabedoria, entre tantas outras merecidas designações, que foi, é, e deverá
continuar a ser (por necessidade própria da assimilação e compreensão dum
passado que culminou na fundação do nosso Estado) Amílcar Cabral?
Não havendo prejuízo de novas referências nacionais,
merecedoras de destaque e promoção, tendo em conta a contemporaneidade, seria
absurdo, ingrato e um autêntico desperdício de valores nacionais, falarmos de
grandes pensadores europeus ou mundiais e estudá-los nas Universidades,
ignorando, apagando, um Génio Nacional, reconhecido mundialmente como um dos
maiores pensadores do Século XX conhecido por Amílcar Cabral!
Se hoje ninguém no mundo prescinde de Sócrates, Platão,
Aristóteles, Galileu e tantas referências mundiais, de diversas áreas, seria de
facto incompreensível e insultuoso à inteligência colectiva, que qualquer
abordagem guineense, independentemente dos juízos de posicionamento
político/ideológico acerca de Amílcar Lopes Cabral, fosse no sentido de
"arrumá-lo" e apagá-lo da nossa História, pois que, da História
Mundial, ninguém prescinde da sua referência em prol da Humanidade e por isso,
continuará a fazer parte das figuras de destaque deste nosso Mundo, o que
deveria ser motivo de orgulho para todos os Guineenses, Cabo-verdianos,
africanos e lusófonos!