“REMU NA TCHIGANTAN LÁ”
Nunca vi coisa igual! Mas, todos os cenários estão encima da mesa! Os deputados da nação adoptam uma posição na
sexta-feira, na segunda-feira mudam de opinião? Devem ter tido um optimo
fim-de-semana. Os debates dentro do hemiciclo (na Assembleia Nacional Popular),
parecem condenados a encontrar desfechos extraparlamentares e secretos. Será que
a convocatória dirigida aos líderes da oposição surtiram efeito, neste
fim-de-semana? Pois, sabemos que a estratégia é aquela que tem vindo a minar o
debate franco de ideias políticas e a democracia no nosso país. Tem imperado a
lei de quem dá mais. Vejam só o que se passa nas eleições com a compra de votos
dos eleitores. A continuar nesta senda, de certeza, nomearemos, um dia destes,
um barão da droga como chefe do executivo no nosso país. Pelo menos é a
constatação mais lógica com a qual,infelizmente, se pode deparar no terreno.
De facto, é estranho que a data de 7 de Janeiro,
legalmente, defendida pela oposição ao Governo de Carlos Correia, como sendo o
prazo limite para segunda apresentação do Programa do Governo, tenha caído, não para o
dia 12 de Janeiro, como era acerrimamente defendido, mas sim para o dia 18 de Janeiro, como bem pretendia o actual
presidente do PAIGC.
O DSP havia defendido que o Programa
do Governo de Carlos Correia tinha sido aprovado pelos deputados, contudo a
versão oficial da ANP fosse de chumbo do tal programa. Chegou a esgrimir mesmo argumentos
ditatoriais, como sendo a única mente pensante, dizendo que o Programa de
Governo tinha passado e que o que aconteceu na Assembleia foi que os deputados
abstiveram-se o que significava que o Programa de Governo tinha passado com 46
votos favoráveis. Nudadi! E, segundo DSP, por uma questão de formalidade (sobretudo
para agradar aos troianos), Carlos Correia - não era obrigado - mas deveria
apresentar o Programa de Governo, de novo, aos deputados, para poder alcançar o
consentimento dos parceiros internacionais (deveria procurar a aprovação da
maioria, pelo menos 50 mais 1). Conclusão: o actual presidente do PAIGC está
sempre a tentar atirar-nos areia para os olhos.
O povo não é otário!
O mais provável no próximo
dia 18 de Janeiro, é que o Programa de Governo de Carlos Correia não passe, de
novo, na ANP.