Bissau,
04 fev (Lusa) - O parlamento da Guiné-Bissau não consegue juntar deputados
suficientes para discutir as alterações à lei eleitoral porque os eleitos do
partido maioritário (PAIGC) se encontram reunidos em congresso, disse hoje o
presidente de transição, Serifo Nhamadjo.
De
partida para a Nigéria, para se encontrar com o presidente em exercício da
Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), Goodluck
Jonathan, Nhamadjo disse ter recebido a informação do próprio presidente do
parlamento guineense.
A
Assembleia Nacional Popular devia reunir-se para discutir o encurtamento de
prazos previstos na lei eleitoral, de forma a viabilizar a realização de
eleições gerais no dia 16 de março, mas tal já não será possível, pelo menos
até ao encerramento do congresso.
O
PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) tem 67
deputados no Parlamento guineense e quase todos estão no congresso que decorre
em Cacheu, norte do país, onde o partido deve eleger uma nova liderança.
O
oitavo congresso do PAIGC ainda não tem uma data do encerramento.
"Mesmo
que o parlamento quisesse reunir-se, não seria possível por falta de quórum,
por causa do congresso" do PAIGC, observou Nhamadjo, em declarações aos
jornalistas momentos antes de partir para a Nigéria.
Serifo
Nhamadjo disse que vai informar o presidente nigeriano sobre "a evolução
do processo" eleitoral e ainda sobre a determinação das autoridades
guineenses para que as eleições decorram na data prevista.
O
presidente guineense disse que, se tiver oportunidade, regressa ainda hoje a
Bissau, senão na quarta-feira de manhã, e irá convocar os titulares de órgãos
de soberania e representantes da comunidade internacional.
Na
sexta-feira ou sábado vai encontrar-se com os partidos políticos e
representantes da sociedade civil para analisarem o processo eleitoral,
concluiu. Lusa