sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

GUINÉ-BISSAU : REUNIÃO COM PRT ESTUDA ADIAMENTO DE ELEIÇÕES PARA 13 DE ABRIL


Bissau, 07 dez (Lusa) - A maioria dos participantes numa reunião realizada hoje com o presidente de transição da Guiné-Bissau propôs um adiamento das eleições gerais de 16 de março para 13 de abril, disseram aos jornalistas alguns dos intervenientes no encontro.
Na reunião participaram partidos com e sem representação parlamentar, autoridades de transição, representantes da sociedade civil e outras entidades.
"Fomos confrontados com factos que ditam a obrigatoriedade da alteração da data", justificou Filipe Quessanguê, representante do PRS, principal partido da oposição no parlamento da Guiné-Bissau.
"É uma questão nacional, o partido vai assumir essa data", ou seja, 13 de abril, concluiu.
Em causa está o prolongamento do recenseamento, que devia ter decorrido em dezembro, mas só vai terminar este sábado, o que tem implicações relativamente aos restantes prazos legais previstos na lei eleitoral.
Alípio da Silva, em representação do Fórum de Partidos Políticos da oposição, considera que a data de 16 de março "deveria ser mantida, tendo em conta a situação política e social do país", mas admite que deverá prevalecer a posição da maioria - apoiar a data de 13 de abril.
Alguns participantes chegaram a propor a realização das eleições a 27 de abril, referiu Jorge Gomes, presidente do Movimento da Sociedade Civil, hipótese refutada por esta organização por coincidir com a tradicional data de abertura da campanha de caju, atividade agrícola de onde provém o rendimento da maioria das famílias guineenses.
As primeiras eleições gerais (legislativas e presidenciais) na Guiné-Bissau após o golpe de Estado de abril de 2012 já estiveram marcadas para 24 de novembro de 2013, mas o país não se preparou a tempo de as realizar e o presidente de transição, Serifo Nhamadjo, adiou a votação para 16 de março.
Agora, a nova data dependerá agora da publicação de um decreto presidencial.
Já esta semana, o representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, tinha admitido a possibilidade de as eleições serem adiadas, no máximo, por duas semanas. Fonte:Aqui