Pelo menos 51 pessoas morreram na capital do Burundi, Bujumbura, na sequência das chuvas torrenciais que caíram entre a noite domingo e hoje, anunciou o ministro da Segurança Pública.
As autoridades acreditam que o balanço de mortos não sofrerá mais mudanças e a polícia local referiu ainda que, provavelmente, este é o pior registo de sempre de vítimas relacionado com as condições climatéricas na capital.
A polícia também informou que há mais de 100 feridos e que centenas de casas desabaram com as chuvas.
"As chuvas que atingiram na noite de domingo a capital e seus arredores causaram uma verdadeira catástrofe natural", declarou à imprensa o ministro da Segurança Pública, general Gabriel Nizigama, acrescentando que as autoridades já encontraram 51 cadáveres, de pessoas acidentadas pelo colapso das suas casas ou levadas pelas inundações.
O ministro acrescentou que os cadáveres devem começar a ser enterrados durante a tarde de hoje, devido à falta de espaço nas morgues.
Nizigama falou aos meios de comunicação social numa esquadra no norte da capital, a zona mais atingida pelas chuvas, local em que um jornalista da agência noticiosa francesa AFP pode contar 27 corpos cobertos por lençóis brancos.
Os bairros populares de Kamenge, Kinama e Buterere, são os mais atingidos. As casas, construídas normalmente com frágeis tijolos de barro seco, não resistiram às fortes correntes de água provenientes das colinas circundantes.
O ministro da Segurança Pública, acompanhado no terreno por outros membros do Governo, prometeu ajuda alimentar às vítimas e assegurou que o Estado irá cobrir os custos dos enterros e dos realojamentos.
As chuvas torrenciais caíram sobre Bujumbura durante dois dias, provocando cortes de eletricidade e, consequantemente, também de água em grande parte da capital.