O
regime do Sudão acusou hoje o Comité Internacional da Cruz Vermelha de agir
fora dos limites do seu mandato, reafirmando a decisão das autoridades de
suspender as atividades da organização no país.
"Nós
constatamos que as atividades da Cruz Vermelha estão fora do mandato definido
pelo direito internacional e do acordo com o Governo do Sudão", disse em
comunicado a Comissão de Assuntos Humanitários, um organismo do governo
sudanês, que confirmou ainda a indicação de suspensão das atividades da Cruz
Vermelha a partir deste sábado, dia 01 de fevereiro.
A
Cruz Vermelha disse à agência noticiosa francesa AFP que recebeu uma carta da
comissão a informar da suspensão de atividades devido a "várias questões
técnicas" relativas a projetos que a organização tinha planeado para este
ano.
Na
carta, a comissão diz que a Cruz Vermelha só deve trabalhar com o Crescente
Vermelho sudanês (o equivalente muçulmano da Cruz Vermelha).
O
regime de Cartum decidiu restringir o acesso às províncias de Kordofan do Sul e
Nilo Azul, onde rebeldes e forças do governo combatem desde junho de 2011, e
onde mais de um milhão de pessoas foram deslocadas ou severamente afetadas pela
violência, de acordo com as Nações Unidas. TSF