segunda-feira, 9 de junho de 2014

ANGOLA: POLÍCIA NACIONAL ABAFA CASO DO AGENTE QUE ASSASSINOU TRÊS JOVENS NO GOLF II

Responsáveis do Comando Provincial  da Polícia Nacional de Luanda tem se aplicado nos últimos dias, em ações destinadas  a  abafar o caso dos agentes que no passado dia 4 de Junho, assassinaram, três jovens indefeso no bairro do Golf II, em Luanda.  As vitimas eram Manuel Samuel Tiago Contreiras, de 26 anos, Damião Zua Neto “Dani”, de 27 anos, Gosmo Pascoal Muhongo Quicassa “Smith”, de 25 anos
Fonte: Club-k.net
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Tiago Manuel Contreiras,  irmão de uma das vitimas e por conseguinte subchefe do Posto Policial do Fubu, no município de Belas   foi inicialmente contacto por um superior seu,  Beto Kinjila, chefe da Linha Operativa do Kilamba Kiaxi que lhe terão passado uma versão deturpada sobre a forma que o seu ente querido foi executado pela policia.  Em desespero, e como forma de evitar que o caso fosse abafado, Tiago Contreiras deu uma entrevista a Rádio Despertar denunciado que a ação que resultou na  morte dos três jovens, incluído a do  seu irmão foi efectua por seis indivíduos do Grupo Operativo da 32ª Esquadra da Polícia Nacional, do distrito do Kilamba Kiaxi.
Neste dia, segundo  testemunhas oculares, citadas pelo Maka Angola, a viatura Hyundai, em que seguiam os jovens, estacionou junto a uma cantina, na Rua 9 do Bairro 28 de Agosto, e um quarto jovem saiu para comprar refrigerantes. Os supostos agentes, que se faziam transportar numa viatura Toyota Hiace sem matrícula, bloquearam o Hyundai, desceram da viatura e desferiram vários disparos contra os três jovens.
O referido grupo de abate  foi dirigido  por um operativo  da Polícia Nacional,  Camilo Afonso Teixeira, vulgo Toledo ( A alcunha deve-se por a dada  a altura conduzir  um carro de marca Toledo.)  Bastante respeitado no seu bairro, o agente Toledo tem a fama de ser um dos operativos mais querido pelos  comandantes da Policial  por nunca falhar em operações de execuções. 
Antes de entrar como operativo  da Policia Nacional, Camilo Afonso Teixeira “Toledo”  fazia parte de  um  grupo que tinha a reputação de fazer desmandos, em Luanda. Já trabalhou  também porteiro de discoteca até ter sido recrutado inicialmente como informante da policia  passando depois para quadro efetivo da Policia. 
Mesmo após ter abandonado a vida indecorosa a que se sujeitava, Camilo Teixeira  “Toledo”, já, nas vestes de agente da Policia Nacional,  foi por diversas vezes associado a praticas de menos boas  e de proceder com detenções arbitrárias  para fins de ajustes de contas. No dia  12 de  Junho de 2013,  fez  desaparecer, no bairro Futungo de Belas,  um colega da Unidade de Proteção de Individualidades protocolares (UPIP), de nome  Cláudio António “Ndela”  e um outro Adilson Panela Gregório “Belucho”. Desde a data, os dois cidadãos  desaparecidos nunca mais foram visto e a Policia não consegue responder sobre o seu paradeiro.
Em Setembro do ano passado, Camilo Teixeira   ou “Chefe Toledo”, como gostava de ser tratado,  esteve detido por ter assassinado a tiro  um jovem  mas  acabou por ser solto  sem  nunca ter sido apresentado em Tribunal. O malogrado era um vizinho seu,  Gil António “Madiba”, de  28 anos.
No Bairro Prenda onde vive, o agente Camilo Afonso Teixeira “Toledo”  é bastante temido pelo seu passado  marginal e  agora por fazer parte do grupo de abate  da Policia Nacional.  Denota ter um certo, comodismo financeiro, havendo suspeitas de que recebe subsídios de grupo de marginais  em troca de proteção policial. O poder financeiro que passou a revelar  foi também verificado, na dimensão de uma grande festa de aniversario que o mesmo realizou, na semana passada,  no Prenda.