quarta-feira, 5 de novembro de 2014

JOSÉ MÁRIO VAZ A CAMINHO DE BURKINA-FASO

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Fonte: odemocratagb.com

O Presidente da República deslocou-se esta quarta-feira, a Accra, República de Gana, onde vai participar na reunião de Chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
 
Neste encontro os Chefes de Estados da CEDEAO vão discutir temas como a situação política no Burquina-Faso, onde dois militares se disputam para o cargo de chefe de Estado depois da demissão de Blaise Compaoré e assim como a situação da ébola na África Ocidental que afetou alguns países, nomeadamente Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conacri.
 
Em declaração a’O Democrata, momento antes da sua partida no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, o Chefe de Estado, José Mário Vaz, notou que este encontro vai permitir a Guiné-Bissau dar sua opinião sobre a situação de ébola, bem como os acontecimentos do Burquina-Faso que é um dos membros da CEDEAO.
 
“A minha ida a Accra deve-se essencialmente a dois pontos: primeiro tem a ver com Vírus Ébola que grassa a Sub-região. Vamos discutir e depois tentar encontrar as soluções para essa doença. No segundo plano, os chefes de Estado dos países membros da organização (CEDEAO) vão abordar a questão de Burquina-Faso, um país membro. Como se sabe, houve problemas há dias e é neste sentido também que os chefes de Estado da CEDEAO vão discutir e tentar igualmente encontrar soluções aos problemas naquele país”, explica.
 
No passado dia dois de novembro, o Presidente do Gana, John Dramani Mahma, atualmente afrente da CEDEAO, declarou que o afastamento de Blaise Compaoré, após violentas manifestações contra o seu regime, abriu o caminho do diálogo e da paz e que as partes devem respeitar a democracia e a constituição.
 
Blaise Compaoré no poder há 27 anos tentou alterar a Constituição para prolongar o mandato, mas foi travado por uma multidão em fúria.

 As negociações prosseguem no Burkina-Faso com os atuais representantes provisórios do país para encontrarem uma saída para a crise política.

 E a União Africana já deu um prazo de duas semanas ao exército para repor a constitucionalidade no país e instaurar o governo de transição liderado por civis.
 
Por: Filomeno Sambú