Ouagadougou - O ex-chefe da junta da Guiné, o capitão Moussa Dadis Camara (2008-2009), anunciou hoje (segunda-feira), em Ouagadougou, onde vive exilado desde 2010, a sua intenção de se candidatar às presidenciais previstas para Outubro no seu país, noticiou a AFP.
"Aceito voluntariamente de ser candidato (à eleição presidencial de Outubro 2015) (...) na nossa querida pátria comum de todos os guineenses", declarou a imprensa, o capitão Moussa Dadis Camara.
O antigo golpista guineense falava durante um encontro com os membros da nova formação política, o Partido das forças patrióticas para a democracia e o desenvolvimento (FPDD), que se deslocaram à Ouagadougou com o propósito de o solicitar a ser presidente e candidato ao próximo escrutínio.
"Assumo a partir de agora os destinos desse partido que se pretende nacional, congregador (...). Esse partido não deve ser nem étnico, nem descriminatório", declarou o ex-chefe de Estado.
Moussa Dadis Camara esteve à frente da junta que tomou o poder na Guiné no final de 2008, na sequência da morte do presidente Lansana Conté, antes de ser presidente de transição de 23 de Dezembro de 2008 a Dezembro de 2009.
É acusado de estar implicado na morte de pelo menos 157 opositores, mortos a 28 de Setembro de 2009 pelos soldados durante as manifestações pacíficas em Conacry, contra a sua candidatura à presidência do ano seguinte.
Dadis Camara, ferido por bala em Dezembro de 2009, pelo seu ajudante de campo Aboubacar Sidiki Diakité, conhecido como "Tumba", instalou-se no Burkina Faso para a sua convalescência, onde também vive desde então. Fonte: Aqui