segunda-feira, 11 de maio de 2015

CUNENE, ANGOLA: JOVEM FORÇADO A CASAR COM CADÁVER DA NAMORADA

As autoridades governamentais e sociedade em geral na província do Cunene, revelam-se pasmadas com um caso insólito em que um jovem, naquela região, estaria a ser "forçado" a contrair matrimónio tradicional com o cadáver da sua falecida namorada (que em vida se chamou Divina, de 17 anos de idade), em cumprimento de um ritual da etnia da malograda. Visto que ela morreu grávida daquele sem ter feito o pedido de noivado.
 
Fonte: Club-k.net
 
Por a  ter engravidado sem ter feito o pedido
 
 
De acordo com a cronologia dos acontecimentos, a malograda - que em vida morava com os familiares na conhecida rua da Valmy, no bairro dos Castilhos, naquela província - tinha dois namorados. Quer dizer, a mesma traia o seu namorado (que era conhecido pela sua família) com um jovem funcionário do Serviço de Migração Estrangeiro, de nome Mandume Santos, de 27 anos de idade.
 
Ao notar que estaria grávida do suposto amante, a malograda foi ter com o namorado principal para assumir as responsabilidades, mas este a recusou. Como se bastasse, para além do desprezo que teve do seu namorado oficial, a mesma foi igualmente rejeitada pelos  seus familiares, o que lhe obrigou a ir ter com o amante que a colheu.
 
Certo dia, aproveitando-se da ausência o suposto amante “Santos” saiu de casa a procura de água, Divina - imaginando a humilhação e desprezo que estaria a receber juntos dos seus familiares mais próximo - aproveitou a ocasião para tirar a sua própria vida. Enforcou-se  com os lençóis amarrados no tecto. 
 
Tendo em conta que a mesma faleceu em casa do suposto amante, a sua família insinuou que "ele tinha que casar com ela no dia do funeral" para se cumprir com um suposto ritual, atribuído a cultura "Bakongo", a que a malograda pertencia. O jovem terá recusado, de imediato. 
 
Apesar de a mesma ter falecido há duas semanas, o funeral apenas aconteceu no passado dia 08 de Maio. Porém o casamento não veio a consumar-se porque o jovem recusou-se a ir no seu próprio casamento que teria lugar no cemitério de Ondjiva. “Santos”, que é natural do Lubango, foi, no entanto, perdoado pela família da falecida.
 
De acordo com conhecimento, o governo provincial não reagiu sobre o caso, por considerar ser um assunto exclusivamente de fórum familiar. A atitude dos familiares da malograda em obrigarem o jovem a casar com o cadáver, é, segundo explicações de meios conhecedores de assuntos de fóruns tribais, como um ritual destinado a permitir com que o “abusado” pague a “multa”, tendo em conta que "Santos" engravidou a morta sem fazer o alambamento. De forma, o “abusado” ficasse livre de qualquer "maldição" de ordem tradicional.