Bissau - O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, visitou quarta-feira(03 Maio) a Guiné-Conacri durante várias horas para falar com o seu homólogo, Alpha Condé sobre a cooperação e amizade entre os dois países.
José Mário Vaz deslocou-se ao meio da tarde hoje para Conacri, tendo regressado a Bissau ao início da noite.
Em declarações aos jornalistas no aeroporto, José Mário Vaz salientou que não podia aprofundar o teor da conversa que manteve com Alpha Condé, mas disse que se tratou de uma visita a um "amigo e irmão" no âmbito de contactos que tem estado a fazer a alguns países da sub-região.
No domingo, José Mário Vaz visitou a República do Congo, na segunda-feira a Libéria e na terça-feira esteve na Costa do Marfim.
Na terça-feira, o Presidente referiu apenas que as suas deslocações serviram para aprofundar a cooperação bilateral.
As deslocações aos países da sub-região acontecem numa altura em que a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) deu um ultimato aos atores políticos da Guiné-Bissau para cumprirem o Acordo de Conacri, instrumento que visa a saída da crise política no país.
O ultimato da CEDEAO termina a 25 de Maio e se até lá não for implementado o Acordo de Conacri os políticos guineenses que estejam a criar obstáculos ao processo serão alvo de sanções.
O Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, é o mediador da crise guineense proposto pela CEDEAO, mas o actual primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, tem-se insurgido contra a mediação de Condé.
Em entrevista a uma rádio internacional, Sissoco Embaló disse que não quer o líder da Guiné-Conacri a mediar a crise política na Guiné-Bissau porque aquele não gosta dele por ser da etnia fula.
Alpha Condé é da etnia mandinga.
Fonte: Angop