Por: FLORA CABLY
CARO FLAVIANO MINDELA,
CARO FLAVIANO MINDELA,
Anexo aqui em Baixo, a sua Declaração sobre o Candidato Nuno Gomes Nabiam
Lamento dizer lhe isso mais vai ter que ser. Na Guiné, temos que começar a combater os Boateiros e tendenciosos Tribais, como os Senhores. que, sempre usaram esta técnica de descriminação para obter os fins, e chegamos onde estamos.
No tempo do General Nino e do seu tio Victor Saúde Maria, os oprimidos não tinham meios para debate das ideias, pois foram eles que dominavam as médias, tudo que era vendido na Praça Publica era logo tomada como a verdade absoluta, mesmo sem rigor de provas. Foi assim que eles Inventavam Golpes contra Golpes de Estados, assassinatos e intrigas que arruinaram o País, ora hoje temos que abster desta pratica no pleno Séc. XXI.
Olhe! Meu Caro, os tempos são outros, a ferramenta de Comunicação esta ao alcance de qualquer um. Basta de toda esta manipulação barata e infundada fora de tempo, da acusação de Tribalismo a etnia Balanta, escamoteando a vossa “Doentio intenção Tribal” subjacente contra elementos da etnia Balanta.
Hoje está patente que essa vossa manobra, não tem fundamento nem pés para continuar. Não insista, pois, não nos vai levar em lado nenhum. Os Guineenses hoje seja ele Balanta, Fula ou Mandinga, deve ser Julgado pelos seus actos positivos ou negativos em pessoa e pelo próprio Nome, NUNCA logo atacando as suas origens seja ela étnica tribal, religiosa. Mas há essa vossa MANIA TRIBALISTA, de colocar pressão aos elementos da etnia Balantas conotando-os maquiavelicamente a prior, as suas origens etnia. Isto é insulto, ofensa e discriminação e é a pior forma de Tribalismo que possa existir pois ela é consciente e programada e predestinada contra uma etnia e seus elementos- os Balantas. Como sabe, qualquer que seja forma de discriminação, (como emana os pilares fundamentais da Nações Unidas,) é punida por Lei. Esta mentalidade tem que acabar se quiserem uma Convivência na diversidade respeitando todas etnias por igual.
A Máscara Caiu, pois caducou aquela famosa formula de que, os Balantas são Maioria nas FARP e na GUINE. Isto é uma desculpa maquiavélica. Claro se Eles são Maioria na Guiné, seria também normal, estarem maioritariamente em varias embaixadas (onde a maioria eram da etnia mancanha no tempo de Victor Saúde Maria), deviam ser maioria na função Publica e nos Sectores Chaves da Governação, o que não é o caso meu amigo, mesmo assim, nunca viu um Balanta vir a rua choramingar como vocês tem estado a fazer. Como Politólogo que pretende ser, seja lá o que for, deve recordar, os tempos em que Victor saúde Maria e Carlos Correia foram 1º Ministros. Nessa altura durante pelo menos em dois Mandatos (10 anos) nos seus Governos, nunca houve UM Ministro de Etnia Balanta...Como você explica então essa Teoria da Maioria?
Agora, vou - lhe explicar o Porque da Maioria dos Balantas nas FARP.
1. Como sabe a Guerra começou no Sul de País, em Tite, Região tradicional dos Beafadas mas com maioria Balantas. Cedo alastrou-se para vizinha Região de Tombali de Nalus também com maioria Balantas. Toda a Logística, era gerida por este povo Balanta, por serem excelente produtores de Arroz (base alimentar), e aproveitando a vizinhança com a Conakry, onde era a base Central do PAIGC, estas foram as Primeiras zonas Libertadas, e este Povo foi o que aderiu mais nas fileiras do PAIGC.
2.Pouco antes da Independência, o Total das FARP DE CABRAL eram mais ou menos de 5000 Tropas e destes, 4000 eram de etnia Balanta. As contas são fáceis de fazer.
E se agora vocês querem desmobilizar os Homens dos quartéis, estejam a vontade e façam-no com critérios e respeito. Também não se esqueçam aqueles Antigos Combatentes fora de quartéis, que hoje ocuparam/assaltando maior parte de Edifícios património de Estado na Cidade de Bissau (sabe bem a quem estou a referir) onde fica Quartel Geral das Intrigas/fabrico de Golpes de Estados, eles tem o mesmo estatutos de Antigos Combatentes, por isso devem ser todos Reformados, começando por abandonar os Edifícios e patrimónios de Estado ocupados no tempo do General Nino Vieira.
A verdadeira reforma de Antigos Combatentes e com toda Justiças deveria começar por ai, pois não deve existir Antigos combatentes de Serie A e série B. Se a reforma for por aí meu caro, eu sou o Primeiro a apoiar e, garanto - lhe que muitos dos antigos combatentes dos Quartéis, vão abandonar voluntariamente os quartéis para Casa. Caso Contraio, meu amigo, eles preferem morrer na Injustiça pois foi por injustiça é que ingressaram na Fileiras do PAIGC para expulsar o Colonialismo, tenha isso muito bem assente.
Veja e analise bem o seu artigo em anexo.
Falou do JOMAV que toda agente sabe da sua Cumplicidade com o regime de Cadogo (toda gente sabe quem ele é) quando era Ministro das Finanças, depois indiciado por suspeito do Crime, por desvios de 15 milhões de dólares, do erário Publico. Atenção, eu tenho muito respeito por este Homem, pois é um Homem humilde, trabalhador, pecou só por ter-se envolvido com O sr. Cadogo e ter aceite Candidatar como Presidente da República nestas Circunstâncias. Pessoalmente, eu continuo achar que ele seria um bom Primeiro-ministro da Guine a meu ver, mas antes tirando ao limpo o suspeito que pende sobre ele.
Lembro me que este Homem revolucionou Alfandega colocando as Pessoas das sua confiança, por acaso maioria da etnia dele começando pelo Diretor geral de Alfandega do então, o que eu acho muito normal trabalhar com as pessoas da confiança independentemente de etnia que fossem, pois estamos numa Democracia. O importante é colocar as pessoas com competências técnicas nos lugares certos. Foi isso que lhe deu sucesso, portanto não se trata do Tribalismo neste caso a meu ver. Mas não vejo nenhum parágrafo no seu discurso a conotar o JOMAV com etnia Manjaca, o que acho muito bem Pois JOMAV responde por JOMAV não por Etnia Manjaca.
Ora, isto não foi o Caso sobre Nuno Gomes Nabiam como se pode ver em anexo. Ou seja O Homem é Balanta, portanto é amigo de Kumba, logo é do PRS, é apoiado por Maioria Balanta nas FARP, e da etnia Balanta maioritaria, logo o Homem é TRIBALISTA e não pode ser o Presidente da Guine....!. Esta receita Mal passada dos Balantas foi bem Passada a Comunidade Internacional.Por estes e por outras é que Individualidades como Dra. ANA GOMES falou alto, cuspindo as suas mágoas no nosso País insultando as nossas FARP. E ainda, por cima o FLAVIANO veio ao Publico apoiar a declaração da Dra. ANA, que até os Portugueses sabem quem ela é.
OHHH meu caro Amigo o que é isso????? Quer explicar-se?
O Nuno não tem experiência Política sim, mas ele é empresário, como o é JOMAV, ele desempenhou cargo Publico, é atual Presidente Aviação Civil da Guiné, foi Pioneiro e JAAC.
Meu Caro, só lhe digo uma coisa, antes de acusar alguém, (como fizeste com o Jornalista Umaru Djau) primeiro temos olhar para nós mesmo. Ninguém é o dono da verdade, ninguém conhece a História da Guiné melhor que o outro, por isso Juntos podemos construir como também destruir,mas uma coisa é certa, hoje como nunca na Guine, estamos condenados viver nas nossas diferenças como disse e bem o saudoso amigo Didinho. Etnia maioritária/minoritária ou não o mais importante é respeito recíproco. Quando o Sr. Dr. Assimilar tudo isso, então terá grande sucesso na sua aspiração pois vejo que tem capacidade e prazer como analista, mas penso que precisa de perceber e aceitar alguns conceitos básicos da nossa rica diversidade étnica, que sempre aglutinou e cimentou a nossa união na diversidade, muito antes da chegada do Colonialismo. Muito obrigado, e peço desculpa se por ali ou lá ter dito alguma coisa que possa ofender.
Um Bom fim-de-semana, que Deus ilumine a tua mente para o bem!
FLORA CABLY
Em baixo segue a sua declaração do FLAVIANO sobre o candidato NUNO NA BIAN
O cidadão Nuno Gomes Nabian, passei a conhecer com colagem na sua repentina indicação pelo agora defunto Koumba Yalá, como o seu candidato preferido, e que esse chegou mesmo a declarar um pré-destinado a ocupar o lugar de Presidente da República. Patrocínio cúmplice, que deixou a pairarem no ar as seguintes dúvidas: se o novato pretendente à suprema magistratura do país tem estatura para essa ambição política, nunca a revelou, porque forjado, parece vir tentar a equívoca missão tribal, de manter ao qualquer custo, guineenses de etnia balanta, nas altas esferas do poder; e se tem capacidade para uma liderança à escala nacional, está a compromete-la, porque manipulado, parece estar a servir interesses contrários às verdadeiras aspirações do povo no seu conjunto. Pois, é por existirem essas dúvidas, e mais outro facto que a seguir vou contar, que para mim, foi basilar, e fez com que esse segundo candidato presidencial mais votado na primeira volta, não deva merecer o meu voto na segunda volta.
Eis então o supracitado facto:
Fonte: AquiNum dos noticiários televisivos, logo a seguir ao dia da votação na primeira volta, constatou-se um incidente, entre um jornalista senegalês e um dos elementos da segurança privada do candidato presidencial Nuno Gomes Nabian, numa assembleia de voto, onde este foi votar, em que o jornalista, no seu papel de informar, e devidamente credenciado, como um dos vários profissionais da comunicação social em serviço, dirigira uma pergunta ao referido candidato presidencial, que esse bem se disponibilizou a responder, até que o escrupuloso segurança privado decidiu o interromper, insurgindo contra o pertinente trabalho do jornalista, numa clara atitude prepotente, o que evidenciou tendências, para perpetuar um clima de intimidações. O candidato presidencial calou-se de imediato, e não houve mesmo, mais conversas.É de um imperativo urgente, travarmos um combate eficaz, contra essa ideia leviana, nociva, de que com relativa facilidade, qualquer cidadão guineense, desde que alfabetizado, pode começar a sua carreira política como Presidente da República. Simplesmente, – se assim quisermos – porque essa função, muito embora de acesso electivo, é o mais importante, de toda a estruturação hierárquica, de um Estado Republicano, que é o nosso regime político. Portanto, deve, a legítima pretensão, por esse cargo, constituir o culminar de um percurso profissional competente, e sempre, no exercício de uma cidadania activa, e imaculada. -Flaviano Mindela dos Santos