terça-feira, 4 de julho de 2017

HÉLDER VAZ CRITICOU HOJE A "FALTA DE RESPONSABILIZAÇÃO" QUE EXISTE NOS CANAIS ÁFRICA DA RTP/RDP


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O Embaixador da Guiné-Bissau em Portugal, Helder Vaz criticou hoje a "falta de responsabilização" que disse existir nos canais África da RTP/RDP, suspensas na Guiné-Bissau desde 01 deste mês.

Hélder Vaz falava à margem dos trabalhos de um debate intitulado "Os Desafios da Comunidade Guineense em Portugal", organizado pelo Grupo Parlamentar de Amizade Portugal/Guiné-Bissau, que decorreu na Assembleia da República em Lisboa.

"Há pessoas que os têm usado para fazer luta partidária, que usam os canais públicos portugueses para fazerem programas partidários", afirmou Helder Vaz, que criticou os "excessos de linguagem" nas críticas contra o Governo guineense. "Queremos que se distinga entre a atividade política e a atividade jornalística", afirmou Helder Vaz, que tinha também na plateia representantes de cerca de dezena e meia de associações e instituições guineenses da diáspora.

"Já se sabem as posições dos dois lados e a mim cabe-me fazer pontes. E é isso que tenho estado a tentar fazer", sublinhou Helder Vaz, que não adiantou mais pormenores.

Na sua intervenção, Teresa Ribeiro escusou-se a comentar as palavras de Hélder Vaz, alegando que o Governo português "já clarificou a sua posição em várias ocasiões", optando por lembrar que Portugal "é sempre aliado" da Guiné-Bissau em todos os fóruns internacionais, realçando o caso da União Europeia (UE).

"Quero deixar aqui uma mensagem de comunhão de laços que nada pode separar", afirmou a governante portuguesa que, também numa pausa dos trabalhos, garantiu à Lusa e à RDPÁfrica que este "incidente" em nada vai afetar as relações entre os dois países.

A 30 de junho, o ministro da Comunicação Social guineense, Vítor Pereira, anunciou a suspensão das emissões dos canais África da RTP e RDP e da agência Lusa a partir das 00:00 de 01 deste mês, alegando a caducidade do protocolo assinado a 31 de outubro de 1997.

Vítor Pereira, porém, acabaria por excluir, no mesmo dia, a agência noticiosa portuguesa da suspensão das atividades.

Já a 01 deste mês, o ministro da Comunicação Social guineense convocou nova conferência de imprensa, em que justificou que a decisão de suspensão das atividades da rádio e televisão pública de Portugal no país "não é uma questão política, mas apenas técnica".
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Fonte: Jornalista Braima Daramé, via facebook