Fonte: Voz da América
Papis Djeme foi condenado por envolvimento no esquema de tráfico de droga montado por Bubo na Tchuto.
Um dos antigos colaboradores do ex-chefe da Marinha da Guiné-Bissau Bubo na Tchuto foi ontem, 3, condenado a seis anos e meio de prisão pelo juiz distrital Richard Berman, em Nova Iorque, por tráfico de cocaína.
Segundo a agência Reuters, Papis Djeme, que está preso há 17 meses, foi considerado culpado pelo juiz que lhe atribuiu uma pena maior do que pedida pelo procurador, que apontava para entre três e cinco anos de prisão.
O juiz Breman justificou a sua decisão com o facto de “seguir ordens não ser uma desculpa num crime tão grave”.
De acordo com os documentos judiciais, os advogados de Djeme disseram que, apesar de sua estreita relação de trabalho, ele não tinha conhecimento pessoal de operações anteriores de drogas do almirante e que, por isso, a sua pena devia ser bem menor.
"Estou muito arrependido por aquilo que fiz contra os Estados Unidos", disse Papis Djeme, de 31 anos, no tribunal, de acordo com a mesma fonte.
Em Abril passado, Djeme e o outro colaborador de Bubo na Tchuto detido na operação de 2012, Tchamy Yala, declararam-se culpados e chegaram a um acordo com a justiça americana para colaborar na investigação, facto que pode tê-los ajudado a receber uma pena menor do que a inicialmente prevista que, segundo um porta-voz do Tribunal de Nova Iorque aquando da primeira audiência, podia chegar a 30 anos ou até prisão perpétua.
Mais tarde, em Maio, foi a vez de Bubo na Tchuto também declarar-se culpado.
A sentença de Tchamy Yala será lida a 17 de Setembro, mas desconhece-se, por agora, a data da sentença de Bubo na Tchuto.
O antigo chefe da Marinha da Guiné Bissau José Américo Bubu Na Tchutu, Papis Djeme e Tchamy Yala foram presos a 4 de Abril de 2013 por agentes anti-narcóticos americanos num barco ao largo da costa ocidental africana?????????
Foram forçados a confessar o crime que não cometeram, jogo sujo, muito sujo, onde estão as provas???Leia: Confissões de um ex-agente da DEA
Obrigado: 7ze-Emplastro (ver link a direita)
por favor leia até ao fim
Fernando Simões, um ex-agente da CIA e da DEA, escandalizado
com as hipócritas declarações de Mário Soares, acusando o PSD de estar a
«atraiçoar a herança de Sá Carneiro», decidiu-se agora, passados os 25 anos
contratuais da cláusula de «silêncio» a que estava obrigado, a publicar, no
Scribd, um documento que já tinha escrito há dois anos, com as suas confissões.
Transcreve-se apenas a parte do resumo (a versão integral pode ser adquirida)
relativo à DEA, onde esclarece o «âmbito» de actuação e os métodos empregues
por essa agência norte-americana.
A minha colaboração com a DEA, iniciou-se em 1981, através
de Richard Lee Armitage. Em 1980, Richard Armitage viria também a estar comigo
e com o Henry Kissinger em Paris, Richard Lee Armitage era membro do CFR
(Council for Foreign Affairs and Relations) e da Organização e Cooperação para
a Segurança da Europa (OSCE), criada pela CIA, Richard Armitage era também
membro, na altura, do Grupo Carlyle, do qual o CEO era Frank Carlucci. O Grupo
Carlyle dedica-se à construção civil, imobiliário e é um dos maiores grupos de
tráfico de armas no Mundo, junto com o Grupo Haliburton, chefiado por Richard
"Dick" Cheney. O Grupo Carlyle pertence a vários investidores
privados dos EUA, por regra do Partido Republicano. Este grupo promove
nomeadamente vendas de armas, petróleo e cimento para países como o Iraque,
Afeganistão e agora para os países da primavera árabe. A lavagem do dinheiro do
tráfico de armas e da droga, era feita, na altura, pelo Banco BCCI, ligado à
CIA e à NSA - National Security Agency. O BCCI foi fundado em 1972 e fechado no
princípio dos anos 90, devido aos diversos escândalos em que esteve envolvido.
Oliver North pertencia ao Conselho Nacional de Segurança, às ordens de William
Walker, ex-embaixador dos EUA em El Salvador. Oliver North seguiu e segue
sempre as ordens da CIA, dependente de William Casey. Oliver North está hoje
retirado da CIA, e é CEO de vários grupos privados americanos, tal como Frank
Carlucci.
Da DEA conheci Celerino Castilho, Mike Levine, Anabelle Grimm e Brad Ayers, tendo trabalhado para a DEA entre 1975 até 1989. Da CIA trabalhei também com Tosh Plumbey, Ralph Megehee - tenente coronel da NSA, actualmente reformado. Da CIA trabalhei ainda com Bo Gritz e Tatum. Estes dois agentes tinham a sua base de operações em El Salvador (onde eu também estive durante os anos 80, durante o tráfico Irão - Contras), desenvolvendo nomeadamente actividades com tráfico de armas. Uma das suas operações consistiu no transporte de armas dos EUA para El-Salvador, que eram depois transportadas para o Irão e a Nicarágua. Os aviões, normalmente panamianos e colombianos regressavam depois para os EUA com droga, nomeadamente cocaína, proveniente de países como a Colômbia, Bolívia e El Salvador, que serviam para financiar a compra de armas. Esta actividade desenvolveu-se essencialmente desde os finais dos anos 70 até 1988. A cocaína vinha nomeadamente da Ilha Normans Cay, nas Bahamas, de que era proprietário Carlos Lheder Rivas. Carlos Rivas era um dos chefes do Cartel de Medellin, trabalhando para este cartel e para ele próprio. Carlos Rivas era, neste contexto um personagem importante, sendo o braço direito de Roberto Vesco, que trabalhava para a CIA e para a NSA. Roberto Vesco era proprietário de Bancos nas Bahamas, nomeadamente o Columbus Trust. Carlos Rivas fazia toda a logística de Roberto Vesco e forneciam armas a troco de cocaína, nomeadamente ao movimento de guerrilha Colombiano M19. Roberto Vesco está hoje refugiado em Cuba. O dinheiro das operações de armas e de droga são lavadas no Banco BCCI e noutros bancos, com o nome de código "Amadeus". Há no entanto contas activas nas Bahamas e em Norman's Cay, nas Ilhas Jersey, que gerem contas bancárias, nomeadamente para o tráfico de armas para os “Contras” da Nicarágua, e para o Irão. Como acima referi, muito desse dinheiro foi para bancos americanos e franceses, o que em parte explicará porquê é que Manuel Noriega foi condenado a 60 anos de prisão, tendo primeiro estado preso nos EUA, depois em França, e actualmente no Panamá. Foi preso porque era conveniente que estivesse calado, não referindo nomeadamente que partilhava com a CIA o dinheiro proveniente da venda de armas e da venda de drogas. Noriega movimentava contas bancárias em mais de 120 bancos, com conhecimento da CIA. Noriega fazia também parte da operação Black Eagle, dedicada ao tráfico de armas e de droga, que em 1982 se transformou numa empresa chamada Enterprise, com a colaboração de Oliver North e de Donald Gregg da CIA. Em face do grau de informações e de conhecimento que tinha, é fácil de perceber porque se verificou o derrube e a prisão de Noriega. Devo dizer que estou pessoalmente admirado que não o tenham até agora “suicidado", pois deve ter muitos documentos ainda guardados. Noriega tinha a intenção de contar tudo o que sabia sobre este tráfico, nomeadamente sobre os serviços prestados à CIA e a Bush Pai, tendo por isso sido preso. Washington e a CIA são assim veículos importantes do tráfico de armas e de droga, utilizando nomeadamente os pontos de apoio de South Flórida e do Panamá. No início dos anos 80 conheci um traficante do cartel de Cali, de nome Ramon Milian Rodriguez, que depois mais tarde perante uma comissão do Senado Americano, falou do tráfico de armas e de droga, do branqueamento de dinheiro, bem como das cumplicidades de Oliver North neste tráfico às ordens de Bush Pai e do Donald Gregg. Muito do dinheiro gerado nessas vendas foi para bancos americanos e franceses. Este dinheiro servia também para compras de propriedades imobiliárias. Por estar ligado a estas operações, Noriega foi preso pelos EUA. Foi numa operação de droga que realizei na Colômbia e nas Bahamas, em 1984, onde se deu a prisão de Carlos Lheder Rivas, do Cartel de Medellin, em que eu não concordei com os agentes da DEA da estação de Miami, pois eles queriam ficar com 10 milhões de dólares e com o avião "lear-jet" provenientes do tráfico de droga. Não concordando, participei desses agentes ao chefe da estação da DEA de Miami. Este chefe mandou-lhes então levantar um inquérito, tendo sido presos pela própria DEA. A partir de aí a minha vida tornou-se num verdadeiro inferno, nomeadamente com a realização de armadilhas, e detenções, tendo acabado por sair da CIA em 1989, a conselho de Frank Carlucci. O principal culpado da minha saida da CIA e da DEA foi John C. Lawn, director da estação da DEA e amigo de Noriega e de outros traficantes. John Lawn encobriu, ou tentou encobrir, todos os agentes da DEA que denunciei aquando da prisão de Carlos Rivas. Após a minha saida da CIA, Frank Carlucci continuou contudo a ajudar-me com dinheiro, com conselhos e com apoio logístico, sempre que eu precisei até 1994.
Da DEA conheci Celerino Castilho, Mike Levine, Anabelle Grimm e Brad Ayers, tendo trabalhado para a DEA entre 1975 até 1989. Da CIA trabalhei também com Tosh Plumbey, Ralph Megehee - tenente coronel da NSA, actualmente reformado. Da CIA trabalhei ainda com Bo Gritz e Tatum. Estes dois agentes tinham a sua base de operações em El Salvador (onde eu também estive durante os anos 80, durante o tráfico Irão - Contras), desenvolvendo nomeadamente actividades com tráfico de armas. Uma das suas operações consistiu no transporte de armas dos EUA para El-Salvador, que eram depois transportadas para o Irão e a Nicarágua. Os aviões, normalmente panamianos e colombianos regressavam depois para os EUA com droga, nomeadamente cocaína, proveniente de países como a Colômbia, Bolívia e El Salvador, que serviam para financiar a compra de armas. Esta actividade desenvolveu-se essencialmente desde os finais dos anos 70 até 1988. A cocaína vinha nomeadamente da Ilha Normans Cay, nas Bahamas, de que era proprietário Carlos Lheder Rivas. Carlos Rivas era um dos chefes do Cartel de Medellin, trabalhando para este cartel e para ele próprio. Carlos Rivas era, neste contexto um personagem importante, sendo o braço direito de Roberto Vesco, que trabalhava para a CIA e para a NSA. Roberto Vesco era proprietário de Bancos nas Bahamas, nomeadamente o Columbus Trust. Carlos Rivas fazia toda a logística de Roberto Vesco e forneciam armas a troco de cocaína, nomeadamente ao movimento de guerrilha Colombiano M19. Roberto Vesco está hoje refugiado em Cuba. O dinheiro das operações de armas e de droga são lavadas no Banco BCCI e noutros bancos, com o nome de código "Amadeus". Há no entanto contas activas nas Bahamas e em Norman's Cay, nas Ilhas Jersey, que gerem contas bancárias, nomeadamente para o tráfico de armas para os “Contras” da Nicarágua, e para o Irão. Como acima referi, muito desse dinheiro foi para bancos americanos e franceses, o que em parte explicará porquê é que Manuel Noriega foi condenado a 60 anos de prisão, tendo primeiro estado preso nos EUA, depois em França, e actualmente no Panamá. Foi preso porque era conveniente que estivesse calado, não referindo nomeadamente que partilhava com a CIA o dinheiro proveniente da venda de armas e da venda de drogas. Noriega movimentava contas bancárias em mais de 120 bancos, com conhecimento da CIA. Noriega fazia também parte da operação Black Eagle, dedicada ao tráfico de armas e de droga, que em 1982 se transformou numa empresa chamada Enterprise, com a colaboração de Oliver North e de Donald Gregg da CIA. Em face do grau de informações e de conhecimento que tinha, é fácil de perceber porque se verificou o derrube e a prisão de Noriega. Devo dizer que estou pessoalmente admirado que não o tenham até agora “suicidado", pois deve ter muitos documentos ainda guardados. Noriega tinha a intenção de contar tudo o que sabia sobre este tráfico, nomeadamente sobre os serviços prestados à CIA e a Bush Pai, tendo por isso sido preso. Washington e a CIA são assim veículos importantes do tráfico de armas e de droga, utilizando nomeadamente os pontos de apoio de South Flórida e do Panamá. No início dos anos 80 conheci um traficante do cartel de Cali, de nome Ramon Milian Rodriguez, que depois mais tarde perante uma comissão do Senado Americano, falou do tráfico de armas e de droga, do branqueamento de dinheiro, bem como das cumplicidades de Oliver North neste tráfico às ordens de Bush Pai e do Donald Gregg. Muito do dinheiro gerado nessas vendas foi para bancos americanos e franceses. Este dinheiro servia também para compras de propriedades imobiliárias. Por estar ligado a estas operações, Noriega foi preso pelos EUA. Foi numa operação de droga que realizei na Colômbia e nas Bahamas, em 1984, onde se deu a prisão de Carlos Lheder Rivas, do Cartel de Medellin, em que eu não concordei com os agentes da DEA da estação de Miami, pois eles queriam ficar com 10 milhões de dólares e com o avião "lear-jet" provenientes do tráfico de droga. Não concordando, participei desses agentes ao chefe da estação da DEA de Miami. Este chefe mandou-lhes então levantar um inquérito, tendo sido presos pela própria DEA. A partir de aí a minha vida tornou-se num verdadeiro inferno, nomeadamente com a realização de armadilhas, e detenções, tendo acabado por sair da CIA em 1989, a conselho de Frank Carlucci. O principal culpado da minha saida da CIA e da DEA foi John C. Lawn, director da estação da DEA e amigo de Noriega e de outros traficantes. John Lawn encobriu, ou tentou encobrir, todos os agentes da DEA que denunciei aquando da prisão de Carlos Rivas. Após a minha saida da CIA, Frank Carlucci continuou contudo a ajudar-me com dinheiro, com conselhos e com apoio logístico, sempre que eu precisei até 1994.