terça-feira, 1 de março de 2016

O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR DA GUINÉ-BISSAU ORQUESTROU VÁRIAS POLÉMICAS INSTITUCIONAIS, VISANDO PROMOVER A SUA AGENDA POLÍTICA.

Foto de perfil de Fernando Casimiro
Por: Fernando Casimiro (Didinho), via facebook

Obrigado Didinho!

Admira-me o facto de o Presidente da Assembleia Nacional Popular ser a segunda figura na hierarquia do Estado da Guiné-Bissau e a quem compete substituir o Presidente da República na sua ausência do país, não demonstrar um mínimo de respeito e consideração na sua relação de interdependência com o Presidente da República e tendo em conta a separação de poderes entre o órgão de soberania que é o Presidente da República e o órgão de soberania que é a Assembleia Nacional Popular.
Alegar que esta crise começou com a demissão do Engº. Domingos Simões Pereira do cargo de Primeiro-ministro em 12 de Agosto de 2015 e que não tem a sua sede no parlamento é simplesmente desvirtuar os factos.
O Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau orquestrou várias polémicas institucionais, visando promover a sua agenda política.
 
Foi ele quem pediu publicamente a demissão do Ministro da Economia e Finanças, porque o Governo liderado pelo Engº. Domingos Simões Pereira não estava disposto a satisfazer-lhe as suas reivindicações de aumento de salários e regalias dos parlamentares.
Quando o Presidente da República decidiu retirar-lhe a escolta com batedores que o acompanhavam por tudo quanto é sítio e ele que se deslocava com frequência pelo interior do país, como se estivesse em Presidência Aberta, mas também para o exterior, como se fosse o Chefe do Estado, resolveu fazer frente ao Presidente da República.
Provavelmente foi da estratégia maquiavélica surgida nessa altura, que o Presidente da ANP decidiu apoiar o Governo, certamente, conseguindo a satisfação das suas reivindicações anteriores.
Provavelmente foi daí que surgiram as intrigas que minaram o relacionamento institucional entre o Presidente da República e o então Primeiro-ministro Engº. Domingos Simões Pereira.
A exigência da demissão do Ministro da Economia e Finanças ocorreu em Novembro de 2014 e a demissão do Primeiro-ministro ocorreu em 12 de Agosto de 2015 e envolveu o Presidente da ANP como é do conhecimento público, através das declarações públicas que proferiu, depois de se ter encontrado com o Presidente da República.
Que cada um tire as suas ilações.
Positiva e construtivamente.
Didinho 01.03.2016
 
 
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