Portugal sofre de “recalcamentos” e precisa de “tratamento psicanalítico”.
A instrumentalização da justiça portuguesa para lançar na lama o nome dos dirigentes angolanos e africanos de uma forma geral prossegue de forma frenética e imparável.
Depois dos artifícios fracassados da desestabilização militar e da guerra, depois de perderem no campo das eleições e depois de falharem no domínio bancário e económico, os responsáveis da antiga metrópole colonial manipulam agora os corredores da justiça para tentarem conseguir os seus intentos de neo-colonização.
Depois de tanto fracasso, voltam desta vez a atentar contra a honra, o bom-nome, a imagem e a reputação do Vice-Presidente de Angola, procurando envolvê-lo em mais um escândalo de corrupção de tantos que atravessam hoje Portugal e a Europa e que revelam o estado de imoralidade e falta de integridade preocupante que se nota em alguns círculos do velho continente.
Depois de tanto fracasso, voltam desta vez a atentar contra a honra, o bom-nome, a imagem e a reputação do Vice-Presidente de Angola, procurando envolvê-lo em mais um escândalo de corrupção de tantos que atravessam hoje Portugal e a Europa e que revelam o estado de imoralidade e falta de integridade preocupante que se nota em alguns círculos do velho continente.
Por cada novo escândalo e crise que rebentam em Portugal, a atitude quase pavloviana que se instalou na sociedade portuguesa, por culpa de políticos antigamente ligados à UNITA de Savimbi e ao apartheid e agora movidos pela fúria da vingança, de estabelecerem uma ligação directa de Angola aos problemas que surgem parece doentia, fruto de recalcamentos não curados e a precisar de urgente tratamento psicanalítico.
A reacção de grande dignidade de Manuel Vicente face à nova campanha que contra si foi arremessada pela comunicação social portuguesa, respondendo cabalmente às alegações da “Operação Fizz” postas a circular pela Procuradoria-Geral da República de Portugal e manifestando a sua total disponibilidade para esclarecer factos que lhe são atribuídos é suficiente para compreender este novo episódio como mais um exemplo tanto da falta de pudor como do revanchismo luso.
Para qualquer pessoa provida de um mínimo de senso comum, as razões pelas quais a magistratura portuguesa se deixa corromper por meia dúzia de tostões devem ser encontradas no sistema generalizado de clientelismo e no tipo de relações morais e culturais historicamente implantadas na vida portuguesa.
Tal como sucede e ficou suficientemente demonstrado também com o escândalo na FIFA, os esquemas de fraude e corrupção mundiais nascem e desenvolvem-se a partir da Europa, e não fora dela, e esse facto retira toda a credibilidade e atira até para o campo do ridículo todo o discurso académico e bem-falante que vem de alguns dirigentes e eurodeputados de Bruxelas acerca da necessidade do combate à corrupção e da promoção dos direitos humanos para o continente africano.
A crise actual nas economias europeias e no sistema bancário em especial são resultado de esquemas de gestão baseados na fraude e nos gastos assentes numa via de endividamento externo e de dependência económica cujo fardo acabou por pesar sobre os mais pobres e desprotegidos, bem como na exploração comercial injusta dos recursos africanos – tudo isso incentivado pela mentalidade egoísta e oportunista de alguns membros das elites europeias.
Esse sentimento egoísta e eurocêntrico é espelhado de maneira muito expressiva na relação de Portugal com Angola. Ainda recentemente, o director-adjunto do influente semanário português “Expresso”, Nicolau Santos, um angolano que nunca fez nada de especialmente construtivo pelo país onde nasceu, defendeu que o Estado de Angola devia manter “ad eternum” e indefinidamente a possibilidade de pessoas nascidas em Angola continuarem a reclamar a nacionalidade angolana, isto a propósito da alteração à Lei da Nacionalidade votada na Assembleia Nacional. “Agora, o Parlamento angolano retirou essa possibilidade a meio milhão de pessoas ou mais”, queixava-se Nicolau Santos, referindo que “só votaram a favor os deputados do MPLA”, um partido que, apesar de tudo o que tem feito por Angola e por África, muita gente em Portugal tem muita dificuldade em o defender, sendo atitude mais cómoda alinhar com quem sempre destruiu, como sucedeu antes com Jonas Savimbi e a sua UNITA e agora com a moda de atacar por tudo e por nada os dirigentes angolanos.
O angolano hoje director-adjunto do semanário “Expresso” insurge-se contra a decisão soberana dos deputados, mas nunca o vimos levantar a sua voz para criticar nos jornais que dirigiu e onde trabalhou a injustiça que foi o Estado português suspender o pagamento a milhares de angolanos que fizeram descontos durante muitos anos de serviço e deixaram de receber as suas pensões apenas por não conseguirem provar a sua “ascendência portuguesa”. Percebe-se que em Portugal é muito mais fácil exigir direitos do que respeitar os dos outros. Enquanto a corrupção, o clientelismo e a vontade de vingança decidirem o actual pensamento europeu e a justiça, tudo vale como instrumento de ataque contra Angola e os seus dirigentes. Fonte: Aqui