Bissau,
06 fev (Lusa) - O recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau termina no sábado às
21:00, prologando-se por mais dois dias na diáspora, anunciou hoje o governo de
transição em comunicado.
No
documento, subscrito pelo ministro da administração do território e poder
local, Baptista Té, é também feito um apelo "a todos os cidadãos com idade
de votar e que ainda não fizeram a sua inscrição" para que se dirijam a
uma das mesas de recenseamento.
De
acordo com uma tabela com cada um dos 44 setores em que se divide a
Guiné-Bissau, o recenseamento atingiu hoje 91 por cento do universo estimado de
cerca de 811 mil eleitores.
A
região de Quinará, no sul da Guiné-Bissau, é a que regista maior percentagem de
eleitores registados, 98 por cento, enquanto o valor mais baixo é o da região
de Gabú, a leste, com 86 por cento.
Na
diáspora estão registados 19.960 eleitores.
As
eleições gerais na Guiné-Bissau estão marcadas para 16 de março, mas a data está
em risco.
Devido
a diversos problemas de implementação no terreno, o recenseamento (que devia
ter decorrido em dezembro) foi prolongado, o que deverá obrigar o parlamento a
alterar as leis eleitorais para encurtar prazos legais.
Mesmo
encurtando prazos, poderá já não ser possível manter a data da votação.
O
representante das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta,
classificou na terça-feira a operação de recenseamento como "um
sucesso" e admite que as eleições possam ser adiadas, "no máximo",
duas semanas.
O
presidente de transição, Serifo Nhamadjo, iniciou esta semana uma ronda de
contactos com diferentes forças vivas do país e com a comunidade internacional
para tomar uma decisão sobre o assunto. Lusa